sexta-feira, dezembro 26, 2003  

Diário de viagem 2

Se eu achava que a Avenida Paulista era o melhor lugar para encontrar pessoas, mudei de opinião. Qualquer lugar serve para se encontrar os melhores amigos. Se não tivesse sido comigo, não acreditaria: encontrar, em plena saída de metrô de Paris uma amiga de tão longa data quanto a Lilica. Ela está estudando em Portugal, eu não fazia idéia, assim como ela nem sonhava que eu pudesse estar aqui. Resultado: Festa de natal com um monte de brasileiros de todos os cantos, muuuuuuuuuuuuita comida, papais noéis de chocolate de presente para todos, uma russa e uma indiana que até aprenderam a sambar. Animação pra virar a noite, com direito a Luiz Gonzaga, Cartola, forró e o pandeirinho de bolsa tocado por essa doida que vos fala. Capítulo à parte para a espera de um amigo de um amigo meu, que acabou não vindo, na estação de trem aberta. Quarenta minutos de cantoria, com vozes dos irmãos e micropandeiro, que tiveram até platéia na varanda da casa em frente à estação. Pra francês ver, ahahaha.
Musée Rodin e Notre Dame, pra tirar o fôlego. Escultura e seu mistério de expressão e eixo. As esculturas de Rodin e Camille têm timbres, cantos, vozes secretas. Hoje voltaremos a Notre Dame, onde chorei como criança ontem, acho que a segunda de outras vezes mais. O frio continua monstro, eu tô dodoizinha, mas nada que consiga abalar ânimo nenhum.

Mais fotos da maníaca da camera digital:



Pagando mico no museu



Espetacular



Metrô e vinho, a caminho da festa de natal



lindo



a pura alegria


coincidência pouca é bobagem



notre damme, maravilhosa



luzinhas de fé



cidade das luzes



brasileiros perdidos em Paris, no natal mais animado da cidade!



Quem não tem pandeiro, caça com miniatura


sopro da Estrelinha | 10:14 PM     
 

Diário (e fotos!) de viagem – parte 1

Depois da aventura de voar (toooda uma história e um capítulo à parte), fazer amizade com metade do avião, voar de novo e, pra falar a verdade, gostar do vôo Amsterdã–Paris, encontro com um homem lindo, inteligente, descolado. A saudade presta pra alguma coisa, afinal. Meu irmão e eu, soltos em Paris.

Quase ridícula a sensação de filme, depois de sair do metrô e dar de cara com a Notre Dame. Gritos, claro, e o Sena! Mas a melhor cena aconteceu na frente da árvore de natal montada na frente da igreja. Seria perfeito demais chegar a Paris, ir a Notre Dame de cara e encontrar um madrigal cantando, não? Pois é, lá estavam eles, a caráter, de gorrinho de natal na cabeça e tudo, com partituras na mão. Estranhamos o fato de não haver ninguém que parasse para ouvir, mas os franceses são meio estranhos mesmo... Bem, foi o primeiro Noite feliz dodecafônico (ou dodecadente) que já ouvi. Terrível, mas hilário.

Quinze mil fotos da Torre Eiffel, você começa a acreditar que está mesmo em Paris. Só assim fica real, tudo é lindo demais, e, melhor: nada perfeito. Tom já tinha me avisado, os garçons e os seguranças sao os caras mais chatos daqui, e eles não demoraram a comprovar. Há lixo na rua também, e pedintes, misturados a muito luxo, crianças, sempre cachorros e turistas. E isso faz da cidade a mais linda do mundo sim: ela é real, palpável, humana. Paris, logo no primeiro contato com seu estranhíssimo aeroporto, parece um sonho que vai se tornando real aos poucos, no contato com o palpável, o comum. Estou apaixonada, emocionada, feliz. E, claro, a cidade luz que me desculpe, mas poucas coisas são mais emocionantes do que encontrar um irmão que não mudou nada no que tem de melhor, mas está amadurecendo rápido e é o homem mais gentil de Paris, garanto. Delicadeza é pra poucos, e ele certamente a tem.

Beijos pra papai, mamãe e pra você, e, pra dividir um pouco da alegria desse sonho, algumas fotos das nossas aventuras por St. Germain, um bairro chiquérrimo por onde andamos como crianças, especialmente depois de encontrar uma loja com tudo sobre personagens de hq (e váááááááááários barbapapas!!!), seguido por uma sessão assistida no chão de Le seigneur des anneux (filme de familia, o nome em francês soa estranho...).

Estou feliz, um ano de taaaanto trabalho valeu cada minutinho. Quando der na telha, posto a parte 2 do diário de viagem, talvez mais fotos. Agora tenho certeza de que vou mesmo passar quinze dias embriagada: vinhos nacionais por até 1, 85 euros pedem.

Hoje foi só o primeiro dia. A previsão pra amanhã é de neve. O frio é de doer, mesmo, e tudo é muuuuuuuuito caro. Afinal, tem que haver algum motivo pra que os turistas queiram, ou precisem, alguma hora, voltar pra casa.


Uma das ruas, lindas, de St. Germain.

A mesma, só nas luzes

Perfeito lugar para Monsieur Napoleão. Aqui é sua terra, afinal.

Café de flore, (um dos caros cafés) onde, dizem os guias, Sartre e Simone degustavam papos filosóficos

Ele mesmo, por dentro

A família, Barbapapa, pra delírio de uma antiga integrante rindo à toa do lado de fora, feliz com o reencontro.

Mais fotos, mais histórias, no blog da melhor companhia pra essa cidade incrível.




sopro da Estrelinha | 10:13 PM     


segunda-feira, dezembro 22, 2003  

Muito breve, talvez para amanha, fotos. Muito, muito; isso e um sonho. Agorq fecha a sala de net.

sopro da Estrelinha | 1:58 PM     


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