sexta-feira, dezembro 26, 2003  

Diário (e fotos!) de viagem – parte 1

Depois da aventura de voar (toooda uma história e um capítulo à parte), fazer amizade com metade do avião, voar de novo e, pra falar a verdade, gostar do vôo Amsterdã–Paris, encontro com um homem lindo, inteligente, descolado. A saudade presta pra alguma coisa, afinal. Meu irmão e eu, soltos em Paris.

Quase ridícula a sensação de filme, depois de sair do metrô e dar de cara com a Notre Dame. Gritos, claro, e o Sena! Mas a melhor cena aconteceu na frente da árvore de natal montada na frente da igreja. Seria perfeito demais chegar a Paris, ir a Notre Dame de cara e encontrar um madrigal cantando, não? Pois é, lá estavam eles, a caráter, de gorrinho de natal na cabeça e tudo, com partituras na mão. Estranhamos o fato de não haver ninguém que parasse para ouvir, mas os franceses são meio estranhos mesmo... Bem, foi o primeiro Noite feliz dodecafônico (ou dodecadente) que já ouvi. Terrível, mas hilário.

Quinze mil fotos da Torre Eiffel, você começa a acreditar que está mesmo em Paris. Só assim fica real, tudo é lindo demais, e, melhor: nada perfeito. Tom já tinha me avisado, os garçons e os seguranças sao os caras mais chatos daqui, e eles não demoraram a comprovar. Há lixo na rua também, e pedintes, misturados a muito luxo, crianças, sempre cachorros e turistas. E isso faz da cidade a mais linda do mundo sim: ela é real, palpável, humana. Paris, logo no primeiro contato com seu estranhíssimo aeroporto, parece um sonho que vai se tornando real aos poucos, no contato com o palpável, o comum. Estou apaixonada, emocionada, feliz. E, claro, a cidade luz que me desculpe, mas poucas coisas são mais emocionantes do que encontrar um irmão que não mudou nada no que tem de melhor, mas está amadurecendo rápido e é o homem mais gentil de Paris, garanto. Delicadeza é pra poucos, e ele certamente a tem.

Beijos pra papai, mamãe e pra você, e, pra dividir um pouco da alegria desse sonho, algumas fotos das nossas aventuras por St. Germain, um bairro chiquérrimo por onde andamos como crianças, especialmente depois de encontrar uma loja com tudo sobre personagens de hq (e váááááááááários barbapapas!!!), seguido por uma sessão assistida no chão de Le seigneur des anneux (filme de familia, o nome em francês soa estranho...).

Estou feliz, um ano de taaaanto trabalho valeu cada minutinho. Quando der na telha, posto a parte 2 do diário de viagem, talvez mais fotos. Agora tenho certeza de que vou mesmo passar quinze dias embriagada: vinhos nacionais por até 1, 85 euros pedem.

Hoje foi só o primeiro dia. A previsão pra amanhã é de neve. O frio é de doer, mesmo, e tudo é muuuuuuuuito caro. Afinal, tem que haver algum motivo pra que os turistas queiram, ou precisem, alguma hora, voltar pra casa.


Uma das ruas, lindas, de St. Germain.

A mesma, só nas luzes

Perfeito lugar para Monsieur Napoleão. Aqui é sua terra, afinal.

Café de flore, (um dos caros cafés) onde, dizem os guias, Sartre e Simone degustavam papos filosóficos

Ele mesmo, por dentro

A família, Barbapapa, pra delírio de uma antiga integrante rindo à toa do lado de fora, feliz com o reencontro.

Mais fotos, mais histórias, no blog da melhor companhia pra essa cidade incrível.




sopro da Estrelinha | 10:13 PM     


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